Pontos essenciais na concepção de currículo em rede
23 comentários Postado por Everaldo Fernandes Barbosa às terça-feira, junho 23, 2009 Buscamos no GESTAR uma concepção de aprendizagem da matemática e de seu ensino que leve em conta a integração entre os vários elementos internos da matemática (seus objetos, suas representações e teoremas) assim como da matemática com outras áreas do
conhecimento humano. Essa concepção está fundada na idéia de currículo em rede, caracterizado por:
• Cada conteúdo, ou nó da rede, articula-se com os demais, via uma sucessão de cruzamentos e amarrações.
• Cada nó, ou seja, cada conteúdo, é para o educador uma porta de entrada que dá possibilidades de acesso a outros a este conectado.
• Para atingir um nó, que representa um conteúdo a ser trabalhado, muitos são os caminhos possíveis. O caminho mais curto nem sempre é o melhor para a aprendizagem.
• Ao “puxar” um ponto, ou seja, ao agir sobre um conteúdo, os demais também mexem, sendo uns mais e outros menos, dependendo tanto da proximidade epistemeológica (articulação conceitual entre eles) quanto do tipo de conexão conceitual que existe entre eles.
• A forma como “pegamos” ou “dobramos” a rede pode fazer com que pontos que estariam inicialmente distantes, possam conceitualmente vir a se encontrarem próximos.
Essa concepção de currículo em rede no ensino da matemática ganha força e forma a partir sobretudo de novas maneiras de se considerar as possibilidades de organização curricular e de prática pedagógica propagadas no meio da educação matemática, e mais recentemente, nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Alguns dos elementos que contribuem para a construção do currículo em rede e ajudam na construção de um currículo mais dinâmico e menos fragmentário são:
• Temas transversais: são contextos mais amplos que a própria matemática, de interesse sociocultural da comunidade escolar nos quais a matemática pode ser inserida como instrumento de leitura e de transformação da realidade.
• Pedagogia de projetos: ações pedagógicas de previsão de transformação de uma realidade local onde a matemática pode formecer ferramentas para a ação reflexiva e
pragmática.
• Modelagem no ensino: tradução de uma dada realidade num modelo matemático. Implica na construção de uma outra realidade, essa abstrata, cujo modelo pode servir de manipulação pelo aluno. De certa forma, agir sobre o modelo deve significar agir sobre a realidade. O modelo se aproxima do ideal quanto mais os resultados produzidos no modelo abstrato implicarem resultados análogos na realidade.
Compreender um ensino que esteja voltado para a formação de um currículo em rede é um dos principais objetivos dos módulos do Gestar.
Analizando o texto que leu:
Aliás, é bem importante que você, professor, perceba que isso não se trata de apenas uma utopia. Muito pelo contrário, temos procurado mostrar que é possível aplicá-lo já no seu trabalho escolar.
conhecimento humano. Essa concepção está fundada na idéia de currículo em rede, caracterizado por:
• Cada conteúdo, ou nó da rede, articula-se com os demais, via uma sucessão de cruzamentos e amarrações.
• Cada nó, ou seja, cada conteúdo, é para o educador uma porta de entrada que dá possibilidades de acesso a outros a este conectado.
• Para atingir um nó, que representa um conteúdo a ser trabalhado, muitos são os caminhos possíveis. O caminho mais curto nem sempre é o melhor para a aprendizagem.
• Ao “puxar” um ponto, ou seja, ao agir sobre um conteúdo, os demais também mexem, sendo uns mais e outros menos, dependendo tanto da proximidade epistemeológica (articulação conceitual entre eles) quanto do tipo de conexão conceitual que existe entre eles.
• A forma como “pegamos” ou “dobramos” a rede pode fazer com que pontos que estariam inicialmente distantes, possam conceitualmente vir a se encontrarem próximos.
Essa concepção de currículo em rede no ensino da matemática ganha força e forma a partir sobretudo de novas maneiras de se considerar as possibilidades de organização curricular e de prática pedagógica propagadas no meio da educação matemática, e mais recentemente, nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Alguns dos elementos que contribuem para a construção do currículo em rede e ajudam na construção de um currículo mais dinâmico e menos fragmentário são:
• Temas transversais: são contextos mais amplos que a própria matemática, de interesse sociocultural da comunidade escolar nos quais a matemática pode ser inserida como instrumento de leitura e de transformação da realidade.
• Pedagogia de projetos: ações pedagógicas de previsão de transformação de uma realidade local onde a matemática pode formecer ferramentas para a ação reflexiva e
pragmática.
• Modelagem no ensino: tradução de uma dada realidade num modelo matemático. Implica na construção de uma outra realidade, essa abstrata, cujo modelo pode servir de manipulação pelo aluno. De certa forma, agir sobre o modelo deve significar agir sobre a realidade. O modelo se aproxima do ideal quanto mais os resultados produzidos no modelo abstrato implicarem resultados análogos na realidade.
Compreender um ensino que esteja voltado para a formação de um currículo em rede é um dos principais objetivos dos módulos do Gestar.
Analizando o texto que leu:
você acha que é possível haver um currículo em rede de verdade?
Aliás, é bem importante que você, professor, perceba que isso não se trata de apenas uma utopia. Muito pelo contrário, temos procurado mostrar que é possível aplicá-lo já no seu trabalho escolar.
TP1 - Texto de referência - Currículo de Matemática em Rede - pág. 142